terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Alunas

Andressa Miranda Lúcio
Camila Ferreira Casagrande
Thaisa Cristine do N. Barcelos
O blog DST's no Brasil foi criado como forma de avaliação da disciplina de bioestatistica ministrada pelo professor Luiz Paulo para os alunos do segundo período de enfermagem.ste blog tem a intencao de msotrar atraves de de dados estatisticos a prevvalencia de dsts no brasil e suas formas de prevencao, tratamento, informacao entre outros.

Introdução

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Entre suas conseqüências estão a infertilidade feminina e masculina, a transmissão da mãe para o filho, determinando perdas gestacionais ou doença congênita e o aumento do risco para a infecção pelo HIV.Em 1999 a OMS, estimou cera de 10 a 12 milhões de casos novos por ano de DST curáveis no Brasil,entre 15 e 49 anos, outros tantos milhões de DST não curáveis, incluindo o herpes genital, infecções pelo papilomavírus humano, hepatite B e infecção pelo HIV.

Hepatites virais

A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes
tipos varia de região para região. No Brasil, há grande variação regional na prevalência
de cada um dos agentes etiológicos; devem existir cerca de dois milhões de portadores
crônicos de hepatite B e três milhões de portadores da hepatite C. A maioria das pessoas
desconhece seu estado de portador e constitui elo importante na cadeia de transmissão
do vírus da hepatite B (HBV) ou do vírus da hepatite C (HCV), que perpetua as duas
infecções.
A principal via de contágio do vírus da hepatite A (HBA) é a fecal-oral; por contato
inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. Há grande quantidade de
vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados. A prática de sexo oro-anal pode ser
responsável por alguns casos. A transmissão parenteral é rara, mas pode ocorrer se o
doador estiver na fase de viremia dentro do período de incubação. A disseminação está
relacionada com o nível socioeconômico da população, e grau de saneamento básico,
de educação sanitária e condições de higiene e da população. A doença é autolimitada
e de caráter benigno. Cerca de 0,1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante,
percentual que é maior acima dos 65 anos. Pacientes que já tiveram hepatite A adquirem
imunidade para esta, mas permanecem susceptíveis às outras hepatites.


IMUNIZAÇÃO
VACINA CONTRA HEPATITE B
A vacina contra hepatite B está disponível no SUS para as seguintes situações:
• Menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas
primeiras 12 horas após o parto (Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema
de vacina nas primeiras 12 horas de vida, fazê-lo o mais precocemente possível,
na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. A vacina contra
hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com
outras vacinas do calendário básico).
• crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade;
• nos doadores regulares de sangue;
• portadores de hepatite C;
• usuários de hemodiálise;
• politransfundidos;
• hemofílicos;
• talassêmicos;
• profissionais de saúde;
• populações indígenas (todas as faixas etárias);
• comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B;
• portadores de neoplasias;
• pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores,
forças armadas, etc);
• população de assentamentos e acampamentos;
• homens que praticam sexo com homens;
• profissionais do sexo
• para portadores de DST até 30 anos de idade.

Infecção pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV)

Os human T-lymphotrophic viruses ou vírus linfotrópicos de células T humanas do
tipo (HTLV) fazem parte do grupo dos retrovírus. Pertencem à família Retroviridae,
sub-família Oncovirinae, em que se incluem os primeiros vírus conhecidos pela sua
associação com doenças malignas, desordens neurológicas e imunodeficiências,
ocasionando viremia de longo tempo. O HTLV I foi descoberto em 1981 em um paciente
com linfoma cutâneo. Posteriormente, estudos moleculares identificaram um outro
retrovírus, com algumas características diferentes do HTLV-I, que veio a ser chamado
de HTLV-II. Como o HIV, têm tropismo pelos linfócitos T, causando destruição dessas
células, linfopenia e inversão da relação CD4/CD8. Causam transformações nos
linfócitos T, resultando no desenvolvimento, dentre outras, de leucemia ou linfoma,
depois de um período médio de incubação dede 20 a 30 anos, numa minoria dos
pacientes infectados.
O principal modo de transmissão é sexual, de homem para mulher, via linfócitos do
sêmen infectados em que a concentração é maior. Como outras DST, a presença de
úlceras genitais aumenta o risco de infecção. Outra forma de transmissão é sanguínea na
utilização de drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas e seringas. Produtos
sangüíneos contaminados por HTLV I, como concentrado de hemácias, plaquetas e
leucócitos são importantes na transmissão e no perfil epidemiológico da infecção. A
transmissão ainda pode ocorrer de forma vertical por passagem transplacentária ou
pela amamentação. Foram detectados linfócitos infectados em abundância no leite
materno de mães soropositivas para HTLV.
A prevalência de anticorpos anti-HTLV I/II é moderada. Em Belém, entre 78.080
doadores de sangue do período de 1996-1998, observaram-se 0,15% de anticorpos
para HTLVI/II. Em Salvador a prevalência foi maior (0,5 a 2%), sendo elevada em
portadores de hemopatias, mielopatias e risco maior nos portadores de doenças
sexualmente transmissíveis (DST). Entretanto, a prevalência é alta na população
indígena da Amazônia (0,7% de positividade para HTLV I e 7,8% para HTLV II em
índios Kayapó, 3,6% de anticorpos entre índios Tiryió, 12,2% entre Mekranoiti e até
13,9% entre os Xikrin).

Infecção pelo papilomavírus humano (HPV)

O Papilomavírus humano (HPV) é um DNA-vírus do grupo papovavírus, com mais
de 100 tipos reconhecidos atualmente, 20 dos quais podem infectar o trato genital.
Estão divididos em 2 grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade. Os tipos
de alto risco oncogênico, quando associados a outros co-fatores, têm relação com o
desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino, da
vulva, da vagina e da região anal.


A maioria das infecções são assintomáticas ou inaparentes. Outras podem apresentarse
sob a forma de lesões exofíticas, os chamados condilomas acuminados, verrugas
genitais ou cristas de galo. Pode também assumir uma forma subclínica, visível apenas
sob técnicas de magnificação (lentes) e após aplicação de reagentes, como o ácido
acético. Quando assintomático, pode ser detectável por meio de técnicas moleculares.

Media amostral

Como  exemplo de pesquisas feitas com mulheres encontramos uma feita por José Santiago de Condes et al durante um mês no qual todas as mulheres de 18 a 30 anos de idade que procuraram a Clínica de Planejamento Familiar da Maternidade Climério de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia, foram convidadas a participar de um estudo de detecção de DST como gonorréia e infecções por clamídia através de amostras de urina, e para para sífilis e HIV por exames de sangue e foram submetidas a um questionário sobre temas de risco.
Aproximadamente 75% das mulheres contactadas, concordaram em participar da pesquisa, resultando em 202 mulheres. A média de idades das que responderam a entrevista foi de 23,3. Entre elas, 44,6% eram solteiras,  21,3% eram casadas e 32,7% possuiam um relacionamento estável. Apenas 31,7% das entrevistadas haviam completado o segundo grau de educação e 26,2% eram empregadas.  Apenas 15 (7,4%) mulheres declararam ter tido mais de um parceiro sexual no período precedente de 1 ano, e menos de 1% tiveram mais de um parceiro sexual nos últimos 30 dias. Apenas 4 mulheres relatavam o uso de drogas ilegais, e apenas 3 de 201 (1,5%) declararam ter problemas com o uso de bebidas alcoólicas. A maioria das mulheres declararam usar métodos anticoncepcionais, sendo o progesterona injetável o mais freqüentemente empregado (99/202, 49%), seguido pelo uso do preservativo (29%), da pílula (21,8%) e do DIU (17,8%). Nenhuma mulher declarou usar diafragmas ou espermaticidas. Entretanto, apenas uma minoria das mulheres afirmaram usar preservativos todas as vezes que mantinham relações sexuais (9%). Cerca de um terço das usuárias de pílulas e DIUs também usavam preservativos e apenas 20% das usuárias de injetáveis também as usavam. 
As mulheres estudadas apresentaram altas taxas de DSTs. Encontrou-se infecção por clamídia em 11,4%, sífilis em 2%, e gonorréia em 0,5% das mesmas (Tabela 1). Dezesseis por cento do grupo com menos de 21 anos de idade, 8% do grupo entre 22 e 25 anos e 11% das mulheres entre 26 e 30 anos apresentavam testes positivos para infecção por clamídia. Dos 4 casos encontrados positivos para sífilis, 3 pertenciam ao grupo entre 22 e 25 anos (4%) e o quarto pertencia ao grupo entre 26 e 30 anos de idade (2% do grupo). Seis mulheres foram positivas para o HIV. Três delas pertenciam ao grupo entre 22 e 25 anos de idade (4% do grupo) e as três restantes ao grupo entre 26 e 30 anos (6% do grupo). A distribuição dos casos positivos para as diversas DST estudadas não apresentou diferenças significantes entre si, quanto ao estado marital, nível de educação ou situação empregatícia. A distribuição por nível de educação mostrou que 13% das mulheres que não concluíram nível secundário foram positivas para a infecção por clamídia, em contraposição a 8% das que tinham educação secundária completa ou superior incompleto. As proporções de casos positivos para o HIV foram de 2 e 4%, respectivamente, para os grupos em questão. Quanto ao número de parceiros, 16% das mulheres que tiveram um ou nenhum parceiro no mês anterior e 17% das que estavam na mesma situação no ano anterior estavam infectadas pela DST. A presença de HIV foi confirmada como positiva pelo uso do teste Western blot em 3% das mulheres. Uma mulher positiva para o HIV estava co-infectada com infecção por clamídia, e o único caso positivo para gonorréia também estava infectado com infecção por clamídia. Das 23 mulheres que estavam com infecção por clamídia, 14 (60,9%) não apresentavam sintomas. As mulheres que nunca haviam usado preservativos apresentaram risco muito mais elevado de DSTs do que aquelas que sempre ou na maioria das vezes os usavam. Embora não estatisticamente significante, houve uma tendência para as mulheres que nunca usaram anticoncepcionais de apresentarem risco mais alto para DST do que as mulheres que usavam algum tipo de anticoncepcional (riscos relativos de 2,2 contra 1,0; p=0,09). Entretanto, quando estudado isoladamente, nenhum método anticoncepcional isolado oferece proteção contra DST. Muito poucas mulheres relataram problemas com o uso de álcool ou de drogas ilegais. Mas entre aquelas que declararam tal uso, o risco de DST foi muito alto, para as que faziam o uso de maconha (Cannabis sativa) (risco relativo de 3,3 contra 1,0 para as que não usavam.
Segue os histogramas e tabelas abaixo.